Acerca da FPME

 

 

 

COMUNICAÇÃO APRESENTADA PELA FPME NO
CONGRESSO INTERNACIONAL DA MONTANHA (2002)

As Lacunas na Formação em Portugal e o Nascimento da Federação Portuguesa de Montanhismo e Escalada
José Alberto Brochado Teixeira
(Presidente da Federação Portuguesa de Montanhismo e Escalada)

Índice 
Resumo Histórico do Montanhismo e da Formação em Portugal
Os Pioneiros do Montanhismo em Portugal 
O 50 anos de formação Internacional 
A Federação Portuguesa de Montanhismo e Escalada 
A integração na Federação de Campismo 
A FPME e as razões do seu nascimento 
As necessidades de Formação nos Clubes e nas Empresas
A Formação de Quadros Técnicos 
A Credenciação de Quadros Técnicos 
A Escola Nacional de Montanhismo 
As Competências 
Os Objectivos 
Os Meios Humanos 
A Organização Proposta

Os Pioneiros do Montanhismo em Portugal 
A pratica de Montanhismo e Escalada em Portugal remonta ao século passado, com a expedição do Rei D. Carlos á Serra da Estrela em que é escalado pela primeira vez, o Cântaro Magro e o mais antigo praticante conhecido é o Prof. Gomes Teixeira da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.
O facto de ter sido um precursor do montanhismo em Portugal, terá resultado do bem-estar espiritual que esta actividade produzia naqueles que a praticavam. No entanto, não se limitou ao ponto de vista teórico. Foi um entusiástico praticante da modalidade, percorrendo os Alpes, a partir de 1879, com um outro precursor do montanhismo, o seu primo Dr. Evaristo Saraiva, onde regressou por diversas vezes, atravessando colos montanhosos, percorrendo Glaciares e escalando elevados cumes do maciço do Monte Branco. 
Conquistados os Alpes, Gomes Teixeira decide experimentar outras regiões montanhosas da Europa, realizando, por diversas vezes, escaladas ao Etna, ao Vesúvio, ao Feldesberg, ao Jura, aos Pirenéus e aos Dolomitas. 
As experiências vividas nas inúmeras escaladas das montanhas mais difíceis traduziu-as Gomes Teixeira no seu livro "Santuários de Montanha: Impressões de Viagens" (1926). 
Este foi provavelmente o primeiro livro a ser publicado em Portugal sobre Montanhismo. Nele, pode encontrar-se a explicação que levava o distinto matemático a praticar uma actividade que os seus contemporâneos consideravam excêntrica.
 
O Ideal Montanheiro 
Nesse tempos a pratica do Montanhismo era rodeada por um ambiente filosófico a que poderíamos chamar de Ideal Montanheiro de que existem inúmeros textos dos quais se destaca este do livro de Gomes Teixeira.
O QUE A IMAGEM DAS MONTANHAS NOS DÁ 
DÁ SAÚDE À ALMA 
com a variedade 
e encantos das paisagens 
umas vezes bucólicas 
outras vezes severas e grandiosas 
DÁ INSTRUÇÃO AO ESPÍRITO 
com a variedade de formas 
que a Natureza nos apresenta 
a diversas altitudes 
DÁ SAÚDE AO CORPO 
com a pureza e frescura do ar, 
com os movimentos a que obriga 
que podem ser regulados como se quiser 
fazendo grandes ou pequenas ascensões 
percorrendo diariamente grandes ou pequenas distâncias” 
Gomes Teixeira in 
“Santuários de Montanha – Memórias de Viagens” Porto – 1926

O Nascimento do Montanhismo Organizado 
Mais tarde em 1932, Gomes Teixeira ainda viria a fazer parte dos primeiros grupos organizados, que se dedicavam á prática do Montanhismo e da Escalada. Grupos esses que viriam a dar origem em 1937, ao TAC - Tribo Alpino Campista, grupo que tinha duas vertentes, uma lúdica assente no Campismo e uma mais desportiva, centrada no Montanhismo e na Escalada. 
Inevitavelmente esse grupo inicial separou-se, vindo a dar origem ao CCP - Clube de Campismo de Porto e ao CNM - Clube Nacional de Montanhismo, nascendo este ultimo pela mão Dr. Jorge Santos no Porto em 1943. 
A primeira preocupação do CNM foi participar no processo de fundação da UIAA e obter formação internacional, para o que, se consegue, a vinda a Portugal em 1947 de dois Guias do Clube Alpino Francês, iniciando assim um relacionamento que se viria a tornar extremamente frutuoso e que viria a durar até aos nosso dias. 
Ainda nos anos quarenta e cinquenta realizam-se em Portugal, Cursos de formação de Guias Montanheiros e é constituído dentro do CNM uma organização designada por Guias Montanheiros de Portugal e que funcionava como Escola de Montanhismo. 
Mais tarde na década de setenta António Jorge, dá outro grande impulso ao CNM-Norte e graças á estabilidade financeira então alcançada, é lançado um ambicioso programa de formação de Quadros Técnicos a Nível Internacional, que vieram a permitir lançar uma política de formação continua de Técnicos e Praticantes de que se destaca a formação de cerca de vinte Iniciadores e Instrutores Benévolos de Alpinismo entre 1980 e 2000. O que é conseguido através do investimento de cerca de 5000 contos de fundos do CNM-Norte. 
Posteriormente, esta experiência e conhecimento, é transmitida á Escola Nacional de Montanhismo, que tinha sido criada por Montanheiros de diversos clubes no âmbito da FPC onde se tenta implementar um programa similar, mas a nível nacional abrangendo todos os clubes sendo sustentado com verbas do estado. 
Entretanto os praticantes de Montanhismo e Escalada continuam a ser eles mesmos, os verdadeiros motores do desenvolvimento e da divulgação da modalidade. São abertas centenas de vias de escalada, o número de praticantes dispara para valores nunca dantes alcançados

É também, tempo, das primeiras expedições internacionais, com a conquista, por portugueses, da generalidade dos grandes cumes do mundo: Atlas, Kilimanjaro, Ararat, Andes, Makinley, Himalaias, etc. Sendo o maior feito alcançado por João Garcia ao conquistar o Evereste.

O Montanhismo e a Federação de Campismo 
Em meados dos anos oitenta vão surgindo em Portugal diversos clubes de montanhismo: O Clube de Montanhismo da Guarda, o Grupo de Montanhismo de Vila Real, e tantos outros. 
Pensa-se, então na constituição de uma federação da modalidade, mas a Federação de Campismo pressiona os clubes para se integrarem no seu seio. 
O processo de integração da nossa Modalidade Desportiva na Federação de Campismo, foi realizado, através de uma série de reuniões a nível nacional, em que democraticamente a maioria dos clubes, entendeu que as condições propostas pela Federação de Campismo eram razoáveis e aceitáveis. 
Essas condições incluíam: a autonomia da modalidade dentro da FPC e a realização de Assembleias Gerais só para clubes com Actividades de Montanha, a quem competia entre outras coisas: 
- A eleição directa, democrática e transparente do Vogal da Montanha. 
- A aprovação de relatórios e planos de actividades da Modalidade. 
- A aprovação dos relatórios de Contas e Orçamentos da Modalidade. 
- A definição e atribuição das actividades do Calendário Nacional. 
- A definição e atribuição das verbas para essas actividades. 
- Eleição do SNAM. ( Direcção de Montanha constituída por dois representantes de cada região do país ) 
Ao SNAM, Secretariado Nacional de Actividades de Montanha, competia gerir a modalidade de forma autónoma em relação á Direcção da FPC e ao Vogal da Montanha, cabia a tarefa de estabelecer “a ponte” entre as duas “direcções”. 
A maioria dos clubes, aceitou este modelo e os principais Clubes de Montanhismo da época, apesar de entenderem que seria melhor constituir uma Federação Autónoma, aceitaram democrática e civilizadamente a decisão da maioria e participaram de Corpo e Alma na construção do SNAM no âmbito da FPC 
Este modelo, enquanto foi respeitado pelas direcções da FPC, funcionou bem e o Montanhismo desenvolveu-se e prosperou. E graças a esse trabalho a FPC foi inscrita na UIAA e reconhecida pelo Estado como Federação Desportiva. 
Só que... Pelo facto, do reconhecimento da tutela pelo estado, já estar praticamente nas mãos da FPC e porque determinados personagens estavam habituados a controlar, a seu “belo prazer”, as Actividades de Montanha, tornou-se incómoda , ou desnecessária, a autonomia de que usufruía o SNAM (condição imposta pelos clubes com actividades de montanha, para aceitarem a tutela da FPC sobre a modalidade ) 
Nunca mais, a Assembleia Geral de Clubes com Actividades de Montanha voltou a reunir, o SNAM foi extinto, assassinaram a nossa autonomia e faltaram á palavra que nos haviam dado.

O Nascimento da Federação Portuguesa de Montanhismo e Escalada 
Mais tarde e revelando uma boa vontade impar, concebemos e tornamos real uma estrutura no âmbito da FPC, que designamos de Escola Nacional de Montanhismo. O que possibilitou um novo folgo ao desenvolvimento da modalidade. Só que mal procuramos agir de forma democrática, regulamentada, transparente e autónoma, logo fomos desautorizados e mais uma vez vimos destruído o nosso trabalho, pelos mesmos “coveiros”. 
Seguidamente, a FPC seguiu o caminho do autismo, e passou a impor para ”nossos representantes” elementos escolhidos sem qualquer processo democrático autónomo. O que resultou numa interminável e teimosa sucessão de fracassos e demissões. Que foi acompanhada, de uma cada vez maior falta de transparência, que viria a criar um ambiente insuportável de suspeições entre Montanheiros e entre clubes. 
Em face disto um alargado grupo de Montanheiros com responsabilidades directivas em 15 clubes e apoiados oficialmente por 8 destes, decidiram romper; com o marasmo em que estava-mos caídos e dar um passo decisivo; constituindo a nossa Federação. Foram criadas as condições legais; para que todos os clubes que o desejarem; possam de forma democrática, legal e transparente, reunir na primeira Assembleia Geral da nossa Federação, para elegermos os nossos legítimos representantes, escolhermos os nossos logotipos, aprovarmos os nossos regulamentos e decidirmos o nosso plano de actividades. 
Traçando assim o nosso próprio caminho e exercendo plenamente os nossos direitos associativos

A Formação de Quadros Técnicos 
Todos os modelos de Formação implementados até agora em Portugal, na área de Desportos da Montanha, não constituíram, nem uma resposta, nem uma solução global para o problema cada vez mais urgente da certificação de quadros técnicos de Desportos de Montanha. 
As poucas iniciativas que têm sido tomadas a nível nacional, devem-se ao facto de nunca ter existido em Portugal, uma entidade que assumisse um papel dirigente e regulador nesta área. 
Esse papel, cabe por lei ás Federações Desportivas e só o vazio em que a FPC deixou cair os Desportos de Montanha é que permitiu a ocorrência de todas estas lacunas. 
No seguimento da instrução do processo de Utilidade Publica Desportiva, que está a ser instruído por esta Federação, irá finalmente ser dada uma solução a este problema. 
O estado, através desse estatuto, delega competências nas Federações Desportivas de modo a serem estas a regulamentar as praticas desportivas. 
A formação de Formadores irá ser da competência exclusiva da ENM. Enquanto que para a formação de Quadros Técnicos e Praticantes pretende-se constituir Centros de Formação Homologados pela ENM em Clubes e Empresas.

A Credênciação de Quadros Técnicos
Cabe ás Federações Desportivas, como Autoridade Nacional: dirigir, organizar e regulamentar a pratica destas modalidades e entre outras coisas, credenciar praticantes e formadores. 
Em face disto, atendendo á existência em Portugal de um numero significativo de Empresas, que prestam serviços em disciplinas desportivas que se encontram no âmbito desta Federação: Foi decidido (a exemplo do que se passa com outras federações ) incluir nos estatutos da FPME a possibilidade de se filiarem, além de associações, empresas, escolas, associações profissionais, etc. 
Não pretende com isto a FPME, substituir-se ás associações empresariais ou profissionais do sector, mas sim permitir a participação de todos os interessados nos processos de decisão sobre esta delicada matéria, assim como possibilitar o acesso á formação, credênciação, licenciamento, certificação, seguros, etc... 
Assim, julgamos ser de todo o interesse, que as empresas do sector se filiem na FPME e participem na estruturas da nova federação, designadamente na Escola Nacional de Montanhismo, de modo a todos participarem nos processos de decisão. 
O processo de credênciação de Quadros Técnicos irá assim, ser assegurado de forma colegial pelos próprios Quadros Técnicos através da sua participação na ENM.

As Competências da E.N.M. 
A proposta de regulamento da Escola Nacional de Montanhismo, que irá ser discutida, inclui a constituição de um organismo designado por Plenário dos Quadros Técnicos onde irão poder participar e votar todos os Quadros Técnicos credenciados, incluindo evidentemente os dos clubes e os das empresas. 
A esse órgão, irá competir a regulamentação da atribuição de credênciações, pelo que será de todo o interesse a participação das empresas, pois a mesma interessa-lhes tanto como aos clubes. 
Esperamos assim, contribuir de forma decisiva, para a regulação de toda a actividade de formação na área de competência desta federação. 
A Escola Nacional de Montanhismo, irá englobar todas as disciplinas do Montanhismo e da Escalada: 
- Alpinismo 
- Esqui de Travessia 
- Alta Montanha 
- Escalada Clássica 
- Escalada Desportiva 
- Bloco 
- Escalada em Gelo 
- Percursos Pedestres de Montanha 
- Canioning 
- Árbitros 
- Júris de Competições. 
Os Objectivos
A ENM tem por objectivos: 
Formar e credenciar os monitores, instrutores e outros técnicos nas áreas do seu âmbito; 
- Realizar estágios e cursos de especialização para técnicos 
- Formar formadores. 
- Controlar a credênciação de quadros técnicos das disciplinas do seu âmbito; 
- Homologar Centros de Formação das entidades Associadas da FPME; 
- Edição de publicações técnicas de montanhismo; 
- Cooperação com entidades congéneres nacionais ou estrangeiras, públicas ou privadas. 
Os Meios Humanos
A ENM é constituída pelos quadros técnicos inscritos na FPME, com credencial válida, e por membros Honorários: 
- Quadros técnicos: Instrutores e Monitores; 
- Honorários:

O Organização 
O Plenário de Quadros Técnicos 
O Plenário dos Quadros Técnicos será constituído por todos os técnicos credenciados (Monitores e Instrutores) no pleno gozo dos seus direitos. 
Competirá ao Plenário dos Quadros Técnicos deliberar sobre os assuntos que dizem respeito à regulamentação de credenciações da ENM: 
O Conselho Executivo 
A gestão da ENM estará a cargo de um Conselho Executivo, que deverá dirigir o funcionamento da ENM.

As Competências do Conselho Executivo
- Atribuir as credênciações e a respectiva revalidação a Monitores e Instrutores conforme os regulamentos de credênciações da várias disciplinas. 
- Homologar Centros de Formação de entidades filiadas; 
- Garantir a qualidade da formação através do reconhecimento técnico-pedagógico dos cursos a ministrar pela ENM e filiados da FPME e concretizar os processos de certificação e homologação dos mesmos; 
- Organizar e gerir formação de Formadores nos diversos Desportos de Montanha; 
- Promover o estabelecimento de intercâmbios e protocolos com organismos congéneres nacionais e internacionais da modalidade; 
- Promover o estabelecimento de intercâmbios e protocolos com organismos universitários e de formação profissional nacionais; 
- Promover a elaboração de material de apoio às actividades de formação, como sejam manuais, materiais multimédia, etc.; 
- Deliberar sobre o envio técnicos a eventos nacionais e internacionais). 


O ANÚNCIO

No seguimento do Fórum Ibérico de Montanha, surgiu entre alguns clubes de montanha do norte o desejo de criar uma associação regional de clubes para colmatar o vazio provocado pela falta de uma federação específica de montanha.


O processo de sondagem ao interesse dos clubes em aderirem à iniciativa acabou por tornar-se numa bola de neve, estendendo-se a todo o país. 
Assim, dando corpo aos rumores que entretanto já circulam pela comunidade montanheira, vimos agora informar que a Federação Portuguesa de Montanhismo - FPM - irá nascer no próximo Sábado, em Espinho, por via de uma Assembleia Constituinte.


Não queriamos tornar pública esta iniciativa antes de termos garantidas as condições necessárias ao seu sucesso, razão pela qual alguns clubes não foram ainda contactados.


Este acto solene será participado por um grande número de dirigentes de clubes de montanha, montanheiros de reconhecido mérito e históricos da cena nacional.


A adesão dos clubes à FPM só será efectuada durante a primeira Assembleia Geral, que decorrerá em Setembro ou Outubro. Para esta Assembleia todos os clubes serão convocados oficialmente.


 APOIAM ESTA INICIATIVA:


 José Alberto Teixeira 
 José Maria Oliveira 
 Carlos Alheiro 
 Paulo Tavares 
 Emanuel Oliveira 
 Francisco Caldas 
 Jorge Dias 
 Miguel Grillo 
 António Onofre 
 Nuno Soares 
 Hugo Carvalho 
 João Graça 
 Bruno Mendes 
 João Adaixo 
 Carlos Baia 
 Bruno Moura 
 Luis Madeira 
 Pedro Cuiça 
 Francisco Silva 
 Marisa 
 José Carlos Sousa 
 Paulo Roxo 
 Ricardo Ferreira 
 Carlos Araújo 
 Sergio Martins 
 Rui Carvalheira 
 João Animado 
 Carlos Gomes 
 Carlos Baia 
 João Garcia
 Pedro Pacheco
 Mário Albuquerque
 Gonçalo Velez


CARTA ENVIADA A TODOS OS CLUBES


Caros Companheiros
 Certamente que já é do vosso conhecimento, que um alargado grupo de Montanheiros e Escaladores (Dirigentes Associativos, Técnicos e Praticantes), correspondendo a um forte anseio da nossa comunidade, e que, estamos certos, se estende ao vosso clube, se reuniu em Assembleia, no dia 20 de Julho de 2002 e decidiu unanimemente dar um passo decisivo para o Montanhismo e Escalada em Portugal.


 Será escusado lembrar as vicissitudes que a esmagadora maioria dos clubes de Montanhismo e Escalada, passou nos últimos anos para encontrar dentro da FPC um modelo institucional, consistente, democrático e autónomo que fosse de facto o representante inequívoco dos clubes de Montanhismo e Escalada em Portugal.


 Promessas não cumpridas, vetos, prepotências, etc.  ... ditaram uma situação de impasse e estagnação insustentável.  Por esse motivo entendemos que era tempo de construir, definitivamente, o nosso próprio caminho.


Nasceu assim a Federação Portuguesa de Montanhismo e Escalada (FPME).


 Há, ainda, muitos passos a dar ou, se aceitarem a metáfora, muitos cumes para subir.
O percurso ainda agora vai no começo e estamos certos que o vosso clube será um parceiro fundamental nesta longa jornada.


 Assim, convidamo-vos a integrar o grupo inicial de clubes fundadores da nossa/vossa federação.
 
Para tal deverão:
-         Preencher a ficha de inscrição ( Anexo 1 ).
-         Formalizar a intenção de integrar esta Federação enviando um oficio de acordo com a minuta ( Anexo 2 ).
-         Enviar a importância de 100 euros referente á jóia e quotização estabelecida para 2002 e que se destina a cobrir as despesas administrativas e legais imprescindíveis.
-         Participar na primeira Assembleia Geral Ordinária que deverá ter lugar em Novembro e para a qual receberão a respectiva convocatória.
-         Transferir as suas actividades e praticantes para a nova federação a partir do início de 2003.
-         Indicar os nomes, email e telefones pessoais de dois dirigentes do vosso clube para enviarmos as respectivas passwords de um site na Internet onde se encontra toda a documentação sobre a FPME e um fórum de debate.
Parece-nos também importante, que os clubes que vão desenvolver a partir de agora, qualquer iniciativa de Montanhismo ou Escalada evitem fazê-lo, dentro do possível e por motivos de coerência, sob a égide da FPC. No entanto, respeitamos a manutenção de eventuais compromissos já assumidos e apelamos a que se continue a participar em todas as actividades de modo a que a transferência de competências entre as federações decorra num ambiente da maior normalidade.
Temos consciência que num processo tão complexo, nem tudo será feito com a perfeição que todos desejaríamos, mas, de uma coisa estamos seguros, a constituição da Federação Portuguesa de Montanhismo e Escalada é uma realidade que corresponde a uma legítima aspiração dos Montanheiros e Escaladores de Portugal.
Contamos convosco, até breve.
Saudações Montanheiras
A Direcção Interina
  
Presidente:  José A. Teixeira (Presidente da Associação de Montanha do Nordeste)
Vice Presidente: Carlos Baia ( Presidente do Clube de Montanhismo da Guarda )
Vice Presidente: José M. Oliveira ( Presidente do Grupo de Mont. e Escalada de Sintra )
Secretário: Emanuel Oliveira (  Presidente do Clube Celtas do Minho )
Tesoureiro: Carlos Gomes ( Presidente do Grupo de Montanhismo de Vila Real )
  
PS: Depois de se inscreverem na FPME receberão a convocatória para a Primeira Assembleia Geral que se irá realizar em principio em 23 de Novembro de 2002 no Estoril.



ASSEMBLEIA CONSTITUTIVA DA
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE MONTANHISMO E ESCALADA
NAVE DESPORTIVA DE ESPINHO 20 DE JULHO DE 2002 ÁS 14.30
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ELEIÇÃO DA MESA:
J. BARROS BASTO
EMANUEL OLIVEIRA
DAVID MOUTINHO
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DISCURSO DE ABERTURA POR J. ALBERTO TEIXEIRA
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Estas foram as quatro semanas mais alucinantes da minha vida.
Há um mês atrás quando ia a caminho do Fórum Ibérico da Montanha mal podia imaginar o turbilhão em que se iria transformar o meu sossego transmontano.
Na minha ida a Paredes de Coura pude ver ao vivo, aquilo que vinha já algum tempo a aperceber-me por muitas e muitas queixas que recebia através do meu site na Internet.
Uma federação que vivia mais de se pendurar no que os clubes iam fazendo do que a incentivar e apoiar esses mesmos clubes.
Pude constatar o desalento generalizado que se instalara no Montanhismo em Portugal ao nível dos clubes. Agravado pelas atitudes de uma Federação que não só não apoiava os clubes como ainda por cima boicotava iniciativas como aquela.
No Fórum Ibérico, assisti a uma palestra em que os nossos companheiros Galegos nos mostraram por A+B que com um volume semelhante de clubes e praticantes se pode fazer um trabalho extraordinário desde que caminhe sempre na mesma direcção durante bastante tempo sem recuos nem demolições.
A seguir participei num debate surrealista sem ideias e sem rumo sobre o Montanhismo em Portugal; debate esse que se devia ter seguido a uma palestra que não existiu porque o orador faltou.
E tudo isto perante a incredulidade e perplexidade dos nossos vizinhos galegos, e o desespero de uma organização absolutamente impecável mas totalmente desamparada, e mesmo boicotada.
Vi claramente que algo estava errado, profundamente errado.
E decidi agir, lançando a ideia de uma tímida Associação Regional que rapidamente se transformou nesta imparavel bola de neve que acabou o marasmo em que estávamos caídos, criando esta esperança renascida.
Sinceramente, espero que saibam que as oportunidades são janelas, que tão depressa se abrem como se fecham e que tão cedo, não voltaremos a ter uma oportunidade assim.
Neste processo sei que cometi alguns erros, mas só não erra quem não age, e eu decidi agir.
Nunca tinha estado debaixo de tanto stress, nem sentido tanto entusiasmo e tanta esperança, como nestes dias.
Espero que saibam aproveitar a oportunidade que vos criei.
José Alberto Teixeira
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SEGUIU-SE A ORDEM DE TRABALHOS:


- Debate sobre o Nome da Federação optando-se por:
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE MONTANHISMO E ESCALADA
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Debate e Aprovação dos Estatutos
- Decidiu-se alterar e melhorar os estatutos de modo a sair da reunião a versão definitiva e não uma versão provisória.
- O objecto social foi fortemente alterado sendo retirada a referencia a pedestrianismo e acrescentadas referencias a competição e defesa do meio ambiente.
- Logo que possível será divulgado o texto final.
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Eleição dos órgãos sociais:
Foram eleitos por unanimidade a totalidade dos órgãos sociais:
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- Presidente: J. Alberto Teixeira ( Presidente da AMN )
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DIRECÇÃO
- Vice Presidente : Carlos baia ( Presidente do CMG )
- Vice Presidente : José M. Oliveira ( Presidente do GMES )
- Tesoureiro : Carlos gomes ( Presidente do GMVR )
- Secretário: Emanuel Oliveira ( Presidente do CCM )
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- MESA DA ASSEMBLEIA
- CONSELHO FISCAL
- CONSELHO JURISDICIONAL
- CONSELHO DE ARBITRAGEM
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OS TRABALHOS DURARAM CERCA DE 8 HORAS E TERMINARAM COM UM PORTO DE HONRA AO FUTURO DA NOVA FEDERAÇÃO.
- 8 CLUBES ENTREGERAM EM MÃO MENSAGENS DE APOIO COM INTENÇÃO DE SE FEDERAREM E 7 OUTROS ENVIARAM MENSAGENS IDÊNTICAS POR MAIL.
- CONTAMOS QUE NOS PROXIMOS DIAS MUITOS OUTROS O FAÇAM. 


TRANSCRIÇÃO DE PARTES DE ALGUMAS DECLARAÇÕES DE APOIO DOS CLUBES:


A.M.D.A.  Mertola
Vimos aqui manifestar o apoio do Núcleo de Aventura da AMDA - Associação em Mértola para desenvolver e animar a criação da FPME.
Saudações
 Nuno Rodrigues
 
Associação Almargem
Caros companheiros:
Em nome do núcleo de montanhismo da associação Almargem, saúdo todo o vosso trabalho para constituição da FPME. Existem várias questões em aberto (cartas de montanheiro, coordenação e registo de PRs e GRs, etc.) que precisam de ser rapidamente esclarecidas. De qualquer modo podem contar connosco para esta fase de discussão sobre o futuro do montanhismo em Portugal.
João Santos


Associação de Desportos de Aventura DESNÍVEL
Em reunião da Direcção da ADA Desnível, realizada em 17/07/02, foi aprovado por unanimidade (Francisco Silva, Rui Rosado, João Garcia, Luís Cabral e Sérgio Vieira) uma moção de apoio à criação da FPME com o objectivo desta vir a tutelar os desportos de montanha.
 Francisco Silva
 
Associação de Educação FÍSICA e Desportiva de Torres Vedras
Foi com muita satisfação que recebi o convite para fazer parte do grupo de trabalho de criação da FPME. Represento a Seção de Escalada e Montanha da Associação de Educação Física e Desportiva de Torres Vedras. Iremos desde já tentar ir Assembleia Geral de modo a demonstrar o nosso total apoio á nova FPME. 
Paulo Serra
 
Associação de Jovens d' Alcantara
Como presidente da Associação de Jovens de Alcântara, queria também manifestar o nosso apoio à nova federação. Esperamos que tenha uma boa evolução e desejamos paciência e sorte aos membros que estão a trabalhar para ultrapassar a burocracia!
 A Presidente da A.J.A.: Ana Marisa Correia
 
Associação de Montanha do Nordeste
A ANM é o exemplo daquilo que o interior profundo de Portugal tem de melhor e pior, temos uma região extraordinária, bons apoios locais, e uma capacidade de enquadramento muito limitada que tem limitado as nossas possibilidades de desenvolvimento. Esperamos que a FPME seja de finalmente a nossa casa de modo a termos uma Federação que se preocupe em desenvolver o Montanhismo e a Escalada em TODO o país.
 Paulo Tavares 
 
Clube de Atlétismo E. P. Lagoa ( Açores )
O CALAG vem por este meio declarar o seu apoio á constituição da FPME, reconhecendo, desde já, a competência desta federação em tutelar a área do Desporto de Montanha e Escalada em Portugal e de representar os Montanheiros Portugueses junto do Estado Português.
Informamos também que nos comprometemos a participar oficialmente, apesar das dificuldades inerentes á deslocação, na 1ª assembleia Geral de Clubes.
 Luís Guimarães
 
Clube Celtas do Minho
Declara todo o seu apoio á criação da FPME, reconhecendo competência de tutelar a área do desporto de montanha e de representar dignamente os praticantes das diversas modalidades de montanha em Portugal junto do estado. Manifestando a sua intenção de se filiar na FPME.
 Emanuel Oliveira
 
Clube de Actividades de Ar Livre
O CAAL e os seus corpos Gerentes os seus quadros técnicos, os nossos praticantes federados e certamente todos os Sócios, não deixam de apoiar um Movimento Associativo de Montanhismo e Escalada próprio, autónomo, democrático, prestigiante e prestigiado, que seja de facto um porta voz defensor dos interesses dos praticantes aglutinados em torno do embrião de todo o associativismo - os clubes.
Que a FPME saiba corresponder aos legítimos anseios e aspirações dos Montanheiros e Escaladores Portugueses são os nossos sinceros votos.
 O Presidente do CAAL
 
Clube de Escalada de Leiria
Foi com grande satisfação que soube da criação da nova Federação. É sem duvida a maior e mais importante acção realizada em Portugal , em matéria de montanhismo. Em meu nome e em nome do Clube de Escalada de Leiria , gostaria de felicitar todos os envolvidos nesta " gigantesca revolução " , que só peca por não ter sido levada a cabo a mais de dez anos. Mas nunca é tarde e pelo que me apercebi não irão faltar apoios. Pela nossa parte queremos que saibam , que estamos convosco para tudo o que necessitem e que gostava-mos de receber informação sobre tudo o que se passou até agora e os procedimento que serão necessários efectuar para nos federarmos .  
Um abraço e um grande " muito obrigado e muita força " , a todos os envolvidos neste projecto especialmente ao Vitor Baia , da Guarda. 
Um abraço César Cabral
 
Clube de Montanha, Murça Desporto e Aventura
O Clube de Montanha de murça vem por este meio manifestar o seu total apoio aqueles que constituíram a FPME e manifestar o seu interesse na filiação nossa Federação.
 
Clube de Montanha da Figueira da Foz
O Clube de Montanha de Figueira da Foz deliberou em reunião de direcção apoiar a constituição da FPME.
A Direcção
 
Clube de Montanhismo da Guarda
A Direcção do CMG reunida a 17 de Julho de 2002, decidiu apoiar a fundação da FPME. Promover a adesão formal á referida federação, congratula-se pelo movimento fundador e afirma a sua inteira disponibilidade para contribuir para o reconhecimento publico da mesma.
Carlos Baia
 
Clube Nacional de Montanhismo - Centro
O CNM-Covilhã declara o apoio inequívoco á criação da FPME, fazendo de imediato a inscrição. estaremos presentes na Assembleia Geral de clubes dia 23/11 através do responsável pelas actividades de montanha.
O CNM-Covilhã reconhece á FPME a competência para tutelar a área do Desporto de Montanha, assim como representar os montanheiros portugueses junto do estado português e seus representantes.
O G. M. está disponível para ajudar no êxito da Federação, para tal ficamos a aguardar um calendário de actividades para o ano 2003.
Um abraço a todo que gostam da diferença

O Presidente do CNM-Covilhã
 
Clube Nacional de Montanhismo - Norte
Ao longo dos últimos anos temos sentido, clubes, e praticantes, uma grande lacuna na protecção e desenvolvimento dos desportos ligados à montanha.
É com grande alegria que o Clube Nacional de Montanhismo apoia a criação da FPME.
Com o aparecimento deste novo organismo pensamos ser possível ao fim de mais de uma década reconhecer uma competência tutelar na área do Desporto de Montanha . Desta forma esperamos que o Estado Português reconheça a FPME como entidade representante dos Montanheiros Portugueses.
Vimos também declarar a nossa intenção de nos federarmos na FPME.
 O Presidente do CNM-Norte
José Santos
 
Nota: Os Montanheiros de CNM-Norte reunidos em Assembleia Geral de Montanheiros autónoma, deliberaram aprovar a participação do CNM-Norte na estrutura da FPME. Deliberaram também reconhecer a FPME como única estrutura representativa dos Montanheiros Portugueses.
 
Gardunha Viva - Associação de Montanhismo do Fundão
A recentemente criada Gardunha Viva - Associação de Montanhismo do Fundão, vem por este meio dar toda a força, apoiando e dando um voto de confiança aqueles que constituíram a Federação Portuguesa de Montanhismo e Escalada, sendo certo o seu interesse na filiação da nossa Associação na nova
Federação.
Com um forte abraço,
 O Presidente da Associação
Nelo Abrantes
 
 
Grupo de Ecologia e Desportos de Aventura 
O GEDA após reunião da Direcção em 2 de Novembro de 2002, aprovou por maioria apoiar a criação da FPME, assim como a  respectiva filiação. Esta Associação reconhece a FPME a competência de tutelar a área do Desporto de Montanha e de representar os Montanheiros Portugueses junto do estado Português.
O GEDA far-se-á representar pelo seu Presidente na Assembleia Geral de Clubes a promover pela FPME.
O Presidente do GEDA
 
Grupo de Montanha e Escalada de Sintra
Em reunião de Direcção o GMES deliberou, filiar-se na FPME e apoia-la com todas as suas forças. Declaramos também que a partir de 2033 não iremos nem participar nem promover actividades de Montanha da FPC nem iremos renovar as Cartas de Montanheiro.
 A Direcção
Rui Carvalheira
 
Núcleo de Espeleologia de Leiria
O NEL já decidiu a sua adesão à FPME e estamos a tratar da adesão este fim de semana. Somos um clube com alguma experiência nestas questões pois tb na Espeleologia o processo de criação da federação não foi pacífico e necessita de muita determinação. De qualquer das formas estamos juntos para mais uma "escalada"...
 Luís Coelho
 
Grupo de Montanhismo de Vila Real
O GMVR é uma colectividade que sempre desejou a existência de uma Federação de Montanhismo em Portugal.
Deliberou em reunião de direcção realizada no dia 17 de Julho de 2002 e com o apoio solidario dos restantes orgão sociais, apoiar todas as iniciativas conducentes á criação da FPME. E realizar a sua filiação neste orgão. O GMVR reconhece a competencia da FPME em ser o representante legitimo dos clubes de montanha e dos montanheiros Portugueses junto do estado.
 O Presidente do GMVR
Carlos Gomes
 
Núcleo de Montanha de Espinho
Vem por este meio a Direcção do NME exprimir o seu inequivoco apoio á iniciativa de constituição da FPME. O NME como assoc promotora dos desportos de montanha sente desde há muito a necessidade de uma verdadeira representatividade do montanhismo no plano Nacional, uma plataforma que consiga unir os montanheiros nacionais nos seus interesses e consiga dar voz regulamentar e acreditar o trabalho dos mesmos.
Reconhecemos na FPMA a competência de tutelar a área do Desporto de Montanha e representar os montanheiros Portugueses junto do estado.
 O Presidente
Hugo Carvalho
 
Núcleo de Montanhismo do C.C.J. Faro
O NMF vem por este meio expressar o seu apoio á FPME dado que nos orgulhamos desde a primeira hora termos participado no arranque deste sonho.
 Bruno Mendes
 
P.A.C.T.A.
Podem aqueles que estão a trabalhar na constituição da FPME contar desde já com o apoio da PACTA, Associação de Empresas com actividades na área.
Esperamos que a FPME venha a contribuir de modo decisivo para a ordenação e controle da credenciação de Quadros Técnicos 
Pedro Pacheco
 
Secção de Actividades de Montanha do Clube de Campismo de Abrantes
Antes de mais, quero saudar o grupo de pessoas que avançou com esta ousada iniciativa, na certeza de que todo o trabalho desenvolvido beneficiará toda a comunidade de montanha.
Venho reafirmar o apoio à FPME por parte dos montanheiros do clube que represento.
Joaquim Mendes
 
Secção de Montanhismo do Clube de Campismo e Caravanismo de Coimbra
...um comentário sobre o relacionamento com a FPC. Não me restam duvidas que este relacionamento terá os seus pontos altos e baixos e que devem ser encarados com naturalidade. As áreas de actuação das duas federações possuem alguma sobreposição mas os objectivos e os métodos são diferentes. Cabe-nos olhar com alguma tranquilidade e clareza de espirito para os fins a que se propõe a FPME para vermos que, com o trabalho de todos, podemos chegar onde dentro da FPC nunca seria possível chegarmos.
E aqui fica a minha ultima reflexão. O caminho que percorremos neste momento não tem muita saída. Isto é, se por acaso a FPME correr mal não podemos de facto regressar como filhos pródigos á FPC, seremos sempre ilegítimos. Não existe por isso uma escolha real, uma federação de montanha tem mesmo de ir para a frente.
António Onofre
 
Pé no Trilho - Associação de Desportos de Montanha
Acreditamos que a tutela desta Federação sobre as actividades de Montanha, será uma mais valia para o Montanhismo e a Escalada em Portugal, assim como fará representar e credibilizará perante a sociedade os clubes nela filiados.
Para os devidos efeitos, esta associação declara a intenção de se filiar na FPME, assim como apoiar esta instituição todo o seu processo de criação e de desenvolvimento.
Comprometemo-nos  desde já a estar presentes na 1ª Assembleia Geral de Clubesa promover pela FPME.
O Presidente da Direcção
 
Trampolins de Santo Tirso
Apoiamos a constituição da FPME e esperamos que tudo corra pelo melhor para que haja em 2003 um bom Campeonato Nacional de Escalada.



FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE MONTANHISMO E ESCALADA 
 
Ref: 215-05 
  
Assunto: Mensagem do Presidente da Direcção Interina da FPME 
  
Porto, 18 de Novembro de 2002
  
Prezados Companheiros: 
  
O processo de integração da nossa Modalidade Desportiva na Federação de Campismo, foi realizado, através de uma série de reuniões a nível nacional, em que democraticamente a maioria dos clubes, entendeu que as condições propostas pela FPC eram razoáveis e aceitáveis. 
  
Essas condições incluíam: a autonomia do movimento dentro da FPC e a realização de Assembleias Gerais só para clubes com Actividades de Montanha, a quem competia entre outras coisas: 
-          A eleição directa, democrática e transparente do Vogal da Montanha. 
-          A aprovação de relatórios e planos de actividades da Modalidade. 
-          A aprovação dos relatórios de Contas e Orçamentos da Modalidade. 
-          A definição e atribuição das actividades do Calendário Nacional. 
-          A definição e atribuição das verbas para essas actividades. 
-          A eleição do SNAM. ( Direcção de Montanha constituída por dois representantes de cada região do país ) 
  
Ao SNAM, Secretariado Nacional de Actividades de Montanha, competia gerir a modalidade de forma autónoma em relação á Direcção da FPC e ao Vogal da Montanha, cabia a tarefa de estabelecer “a ponte” entre as duas “direcções”. 
  
A maioria dos clubes, aceitou este modelo e os principais Clubes de Montanhismo da época, apesar de entenderem que seria melhor constituir uma Federação Autónoma, aceitaram democrática e civilizadamente a decisão da maioria e participaram de Corpo e Alma na construção do SNAM. 
Este modelo, enquanto foi respeitado funcionou bem e o Montanhismo desenvolveu-se e prosperou. E graças a esse trabalho a FPC foi inscrita na UIAA e reconhecida pelo Estado como Federação Desportiva. 
Só que... Pelo facto, do reconhecimento da tutela pelo estado, já estar praticamente nas mãos da FPC e porque determinados personagens estavam habituados a controlar, a seu “belo prazer”,  as Actividades de Montanha, tornou-se incómoda , ou desnecessária, a autonomia de que usufruía o SNAM ( condição essencial imposta pelos clubes com actividades de montanha para aceitarem a tutela da FPC sobre a modalidade ) 
  
Nunca mais, a Assembleia Geral de Clubes com Actividades de Montanha voltou a reunir, o SNAM foi extinto, assassinaram a nossa autonomia e faltaram á palavra que nos haviam dado. 
  
Mais tarde e revelando uma boa vontade impar, concebemos e tornamos real uma estrutura que designamos de Escola Nacional de Montanhismo. O que possibilitou um novo folgo ao  desenvolvimento da modalidade. Só que mal procuramos agir de forma democrática, regulamentada, transparente e autónoma, logo fomos desautorizados e mais uma vez vimos destruído o nosso trabalho, pelos mesmos “coveiros” do SNAM. 
  
Seguidamente, a FPC seguiu o caminho do autismo, e passou a impor para ”nossos representantes” elementos escolhidos sem qualquer processo democrático autónomo. O que resultou numa interminável e teimosa sucessão de fracassos e demissões. Que foi acompanhada, de uma cada vez maior falta de transparência, que viria a criar um ambiente insuportável de suspeições entre Montanheiros e entre clubes. 
  
Em face disto um alargado grupo de Montanheiros com responsabilidades directivas em 15 clubes e apoiados oficialmente por 8 destes, decidiram romper; com o marasmo em que estava-mos caídos e dar um passo decisivo; constituindo a nossa Federação. Foram criadas as condições legais;  para que todos os clubes que o desejarem; possam de forma democrática, legal e transparente, reunir na primeira Assembleia Geral da nossa Federação, para elegermos os nossos legítimos representantes, escolhermos os nossos logotipos, aprovarmos os nossos regulamentos e decidirmos o nosso plano de actividades. 
  
Traçando assim o nosso próprio caminho e exercendo plenamente os nossos direitos associativos. 
  
É esta a nossa causa ! 
Contamos convosco ! 
  
Saudações Montanheiras 
  
O Presidente da Direcção Interina da FPME 
José Alberto Brochado Teixeira 
  
Nota Final: 
  
Não podemos, deixar de referir, por uma questão de dignidade colectiva a “justificação” que nos foi apresentada durante uma das nossas reuniões com a FPC, para acabarem com a nossa autonomia, com o SNAM e com a Assembleia de Montanheiros: 
  
“ Os Montanheiros gastavam muito dinheiro em reuniões...” 
  
Esta frase e toda a mentalidade que lhe está subjacente, não pode deixar de nos merecer um profundo repúdio colectivo, pelo que representa de atentatório aos princípios democráticos, pelos quais, se rege a nossa sociedade. 
Porque, por muito cara que seja a democracia o seu valor é sempre inestimável e as suas virtudes insubstituíveis. 
  
Para “coroar” a sua actuação, viemos a saber que a FPC, escolheu já os “nossos representantes” para integrarem a lista da próxima Direcção Campista. E que tendo sido capazes de organizar reuniões regionais de Clubes de Campismo para que estes escolhessem os seus representantes, não quiseram realizar uma reunião nacional de Clubes com Actividades de Montanha, para democraticamente escolhermos os nossos representantes e manifestarmos a nossa opinião colectiva sobre o rumo da Modalidade dentro da FPC. Nem que fosse por uma última vez... 
  
Demonstrando assim, de uma vez por todas, que mesmo depois de tudo o que se passou nos últimos meses , NADA APRENDERAM !


 

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